Agora cabelos negros,
Mais tarde cabelos brancos;
Agora dentes de prata,
Amanhã dentes quebrados;
Hoje bochechas rosadas,
Amanhã corpo enrugado.
Morte negra, morte negra,
Cura de dores e enganos:
Por que não as matas jovens
Antes que as matem os anos?
(trad. Fábio Artistimunho)
*
Agora cabelos negros,
Máis tarde cabelos brancos;
Agora dentes de prata,
Mañán chavellos querbados;
Hoxe fazulas de rosas,
Mañán de coiro enrugado.
Morte negra, morte negra,
Cura de dóres i engaños:
¿Por qué non matalas mozas
Antes que as maten os anos?
(Rosalía de Castro, in Follas novas, 1880)
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