14 de agosto de 2006

Estive em Paraty

Estive, mas não para a festa de gala, como testemunham as fotos. Juntamos uma galerinha e fomos fazer a nossa própria festa no quintal alheio. E Paraty, nesta época, é um imenso FLIPerama (perdoem o trocadilho fácil): você roda por toda parte, bate aqui e ali, mas sempre acaba caindo num buraco.

No nosso caso, fomos cair de bicão no lançamento da revista Bagatelas (Bagatyelaxx). Os cariocas arrumaram patrocínio de - pasme - nada menos que uma cachaçaria, levando nessa brincadeira um estoque de charutos, canequinhas personalizadas e, vejam só, um fornecimento ilimitado de cachaça para o lançamento. O evento teve, acredite se quiser, até literatura! ("A reviXta é de graça maiX o autógrafo é 50 reaiX...") Ainda bem que alguém teve sobriedade suficiente para tirar a gente dali antes que algum de nós começasse a declamar o Soneto de Fidelidade para o barril de cachaça.

Mais tarde fomos parar numa palestra da Off-FLIP, que até que teria sido produtiva se não tivesse que escutar alguns absurdos pseudomercadológicos: agora sei que se eu não tiver que gastar com remédios este ano terei de gastar o equivalente em livros, e se não o fizer nenhuma agente literária deslumbrada vai se interessar por mim, e ainda que se interessasse eu teria que repensar o uso que faço das minhas vírgulas, parênteses e travessões... Muito esclarecedor, como se pode ver.

O que salvou esse evento foi a chance única de saldar o nosso camarada Marcelino-Jabuti-Freire com um coro de "jaburu! jaburu! jaburu!", lembrando o prêmio alternativo que ele mesmo criou, diante da platéia atônita. Ele, claro, levou na boa, e ainda tirou um barato com a gente, dizendo que achou que o pessoal da Flap tinha errado de endereço.

No sábado ainda fomos para um sarau em praça aberta organizado pelos maloqueiristas e o pessoal da Cooperifa, que fizeram sua própria FLIP - Festa Literária Periférica. Os caras são profissionais, não deixam nenhum vácuo entre as declamações, como calha acontecer nesses recitais que dependem da participação do público.

E o domingo, por fim, reservamos para o merecido descanso literário. Afinal, também é preciso viver a poesia.

No balanço geral, apesar de não termos conseguido vender um livrinho sequer, como nos nossos melhores sonhos, Paraty valeu a pena. Posso não ter visto o Jô, o Jabor ou o Caetano, mas foi muito bom rever algumas figurinhas que estão cada vez mais fáceis no meu álbum, como se pode ver nas fotos.

Carpe diem e até a próxima.

10 comentários:

Anônimo disse...

Para quem tinha uma certa aversão aos blogs, estou vendo que já tomou gosto pela coisa. O texto (crônica?) "Estive em Paraty" ficou muito bom. Very good, FLIPer!

Abraço

ana rüsche disse...

hahahá, que-que-é-isso! ficou ótimo, boy! paguei um pau para os textos, fotos e cia.

besos

Fábio Aristimunho disse...

poxa, eu nunca quis ter blog porque já sabia que isso ia acontecer! eu vicio muito fácil por besteiras e caio logo de cabeça... a culpa é de vocês, agora me agüentem!

B/A

Anônimo disse...

A feXXXtança foi boa, pelo jeito! Pena que perdi. Mas fico feliz por vocês terem entrado na festa alheia e marcado presença de maneira tão, como direi, peculiar!
E Snoop, Srta. Ana R. tem razão. Textos muito bons e blog animal (coisa de profissional merrrrmo).
Hasta!

Carol Marossi

virna disse...

adorei, falou muito bem! o que importa, enfim, é ter "estilo".
um beijo

Fábio Aristimunho disse...

oi, carol, pena que você não foi, tava bem divertido. pelo menos você tem uma idéia do que perdeu, né. mas você deve ter os seus motivos pra não ter ido com a gente, rs.

Bjo.

Anônimo disse...

Hein? Não entendi nada, Snoop...rs

Besos!
Carol

Anônimo disse...

Em tempo: "o mundo gira na boca de Ana R."
*rs.

Carol.

Anônimo disse...

Fábio, meu querido, ficou ótimo. Valeu apenas sofrer com aquelas pedras! Grande Abraço para você e o pessoal "rock n'Roll" de Sampa.
PS: estou com um projeto de asfaltar Paraty srsrsrs

Anônimo disse...

VC DEVIA TER POSTADO A SUA FOTO "A LA CAFETÃO"! Ela ´q praticamente uma obra de arte!!!

Fui!

ManuTrash!